domingo, 9 de janeiro de 2011

A lenta caminhada

A conquista da paz, pela ordem e controle dos pensamentos e sentimentos, é muitas vezes longa e feita por etapas; a menos que venha através de uma graça divina.
O plano da alma vai nos atraindo aos poucos, mas temos que caminhar com as próprias pernas em direção à luz. As etapas variam, porém começam geralmente, por um impulso de dores e angústias que nos levam a um forte e concreto desejo de paz e libertação. Nessa etapa é que se começa a vislumbrar a importância de um trabalho interno a ser realizado. Deseja-se o controle e a purificação interna. Um livro, um acontecimento, uma pessoa podem nos despertar para isso.
Em seguida, busca-se uma forma concreta de disciplina, para a realização do trabalho. Livros são estudados, grupos são contatados, pessoas ouvidas, experiências são feitas aqui e ali.
Vem então a etapa da opção ou definição. Escolhe-se uma forma de trabalho, uma orientação ou um grupo e mergulha-se ali corajosamente, com disciplina, ordem e frequência. É através do ritmo que nasce do trabalho escolhido, que conhecimento e fé se fortificam mutuamente, que os pensamentos se aclaram e a harmonia começa a se manifestar.
Os impacientes e apressados nada recolhem, ou recolhem novos problemas. Mas na etapa mais adiantada a fé torna-se tão potente e evidente para os que fizeram o trabalho adequado que, até mesmo os métodos e apoios formais, passam a tornar-se desnecessários. Já cumpriram sua finalidade. Aí outras portas se abrem.
O segredo do caminho superior é pois, basicamente: buscar. Buscar estudando, disciplinando-se harmonizando-se com a natureza, o mundo e os companheiros de jornada. Depois trabalhar com ritmos e ordem; sem preguiça, sem desânimo, sem descrença. Pois não há conquista alguma valiosa e superior, no mundo, que não exija um árduo e constante esforço, de nossa parte, até atingir-se a meta. E, nenhum caminho é amplo e isento de tropeços e de alguns embaraços iniciais. Mas é bom sabermos que o desânimo e a inconstância no trabalho, matam qualquer esforço que vise o contato com os planos superiores da alma. Não se pode chamar por Deus e, pouco depois, esquecer-se de que se fez o chamado. A vida é um movimento contínuo e é no dia a dia que se precisa deixar fluir a luz e as energias superiores.
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Respondendo a amigos.

Até hoje muitos leitores nos cobram nossa volta aos artigos no jornalismo. Devo-lhes uma explicação. Deixei minha coluna numa época em que tive sucessivas perdas familiares e outras e caí em depressão. Quando melhorei tentei voltar ao lugar onde escrevi por vários anos. Não me aceitaram. Não se pode sair e voltar. Comecei a escrever no "O Tempo" onde fui muito bem acolhida, até que nos cortaram, dizendo que eu escrevia muito parecido com Trigueirinho; não podia. Tentei o jornal "Hoje em Dia" e a Rádio Itatiaia; esses nem resposta deram.
Aliás, no sindicato, muitos me lembraram que os jornais estão fechando no Brasil e no mundo; quem tem blog está anos luz à frente deles. Tenho nesse espaço "internauta" dois blogs, ajudada por um sobrinho para o trabalho. Recebo e.mails de várias partes do país e até de Portugal, cumprimentando-me pelo trabalho. Agradeço, de coração, aos que sempre nos seguiram em nossas buscas, na mídia em geral.

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