sábado, 8 de outubro de 2011

Caminhos paralelos

Claras são estas horas que teus olhos descobriram antes dos meus e me apresentaram como marcos luminosos para a grande e compacta noite.

Há preparativos que poderão vir a ser de festa, em todas as palavras que o silêncio guarda, mas não oculta; como se também de ti partisse o crer e o não crer, quase alternadamente.

E a sombra do grande medo, que conhece secretos caminhos, pode evaporar-se ante a luminosidade que nascer; por isso a teme e procura afastá-la para muito longe.

Devemos transpor para este encontro todo o nosso ser cerceado em eras tão passadas, que por um instante, supõem-se serem heranças intransferíveis.

Pois é difícil crer na libertação total, repentina.

Estamos voltando à nossa forma mais jovem, para descobrirmos, por nós mesmos, o caminho. Quase tudo é paradoxal na senda e as revelações podem assustar-nos ou deslumbrar-nos.

Mas parece, por vezes, que estamos aparelhados para todas as distâncias e, sem medo ou susto, tudo então será visível.

Esta tem sido a promessa da Lei e a Lei sempre se cumpre.

Estamos lendo juntos a história que o céu escreveu e descobrindo a face oculta por mil tramas; até que sejamos realmente capazes de dádivas e ofertas, além de nossas possibilidades materiais.

Mas se percebemos o inicio e o final será questão somente de evolução natural e plena, no plano maior do aperfeiçoamento, na luz que nos trouxe e nos uniu.

2 comentários:

Irlanda Já disse...

Olá Celia,

Sou Gloria sua fã de longa data.
Não imaginava encontrar um blog seu na web!!! Por acaso, estava lendo um artigo q vc escreveu em 1999, no caderno feminino do EM e resolvi ir ao google procurá-la e eis que surge!
Que bom vê-la!. Suas palavras fizeram muito bem à minha vida! O artigo que guardei tem o título "O Caráter forma a célula". Muito muito importante para todos nós! Ajudou-me bastanta a criar os meus filhos! Seja feliz... Um grande e carinhoso abraço pra vc!

Filosomídia . Leo Nogueira Paqonawta disse...

Meu Deus, mas que lindo... Lá nos anos 80, eu peguei com um amigo em Uberlândia uma cópia de xerox de "O Quinto Lótus", que sempre carrego comigo.

Suas páginas estão pingadas de minhas lágrimas, babadas de meus sorrisos,
salpicadas de chuva, vento, sol, de luas e noites estreladas,
de névoas e mormaço, de sonhos, de vontade de sentar "amorosamente à beira do lago quieto,
e aguardar os pedintes" na "hora azul da ternura" e "da entrega"...

Tenho uma dedicatória nessa cópia - sagrada pra mim - dessa Artista Linda, Menina Estrelada, inspiradora em nossas missões...

Um beijo agradecido "desde el Sur" de um belorizontino que um dia bateu à sua porta na Cidade Jardim, com uma violeta à mão, primeira iniciação...

Obrigado por tudo, querida Célia... Leo