domingo, 20 de novembro de 2011

O Absoluto

Em torno simplesmente do movimento, podemos desenvolver a distância para maior procura. No deslocar dos círculos, ou no impulso dos caminhos mais retificados, virá despontando sempre a descoberta pela qual se explica uma vida, ou se justifica uma vocação.

Na criação, o repouso só pode ser o intervalo de trégua ou descanso para o constante desenrolar do fio que, por entre brumas ou atalhos, vai em direção a luz.

Assim, o estágio momentâneo, pode ser um posto de retaguarda ou a primeira milícia de reconhecimento; porém, o que mais conforta é a certeza de que, no final, todas as posições são ascendentes.

Os pioneiros que nos abriram as primeiras portas franquear-nos-ão as segundas e as últimas. Enquanto, também nós, deixaremos em nossas veredas o marco de alerta, a senha do rumo, cada vez mais extraordinário, cada dia mais iluminado, para os retardatários.

Da petrificação das rochas ao movimento do mar, do desabrochar da planta ao sedimentar do húmus, tudo responde a um natural apelo de unificação e desenvolvimento, que terminará por deslumbrar os mais céticos. E a luz será o pouso tanto mais seguro, quanto mais intensa for.

Clara aurora, mansa luz. Conchas estriadas, pérolas, peixes, arco-íris, vapores densos, tudo é como uma flor do pensamento desabrochando, repartindo-se, estendendo raízes e liames para um novo encantamento.

Tudo germina de uma só origem, para a grande unidade.

Completa-se, então, o ciclo da etapa para um eterno diluir-se e reunificar-se. E o primeiro caminho descoberto, amplo sem limites e sem margens, apenas iluminado, é o próprio absoluto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Célia! Adorei conhecer o seu blog. Continue publicando seus escritos, que trarão luz e alegria para muita gente.
Aparecida (Minas)