terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Antenas Sutis

O homem está esquecido de suas antenas sutis, com as quais podia sintonizar o Universo e suas forças mais puras; podia conhecer sua origem, harmonizar-se com as leis naturais que o regem e usufruir da Paz e Liberdade constante.

O homem regrediu no seu perceber interno e na sua fonte de reabastecimento mais ampla e correta, até perder de vista sua semente de luz.

Sacrificou sua percepção divina para aumentar sua capacidade intelectual e aprofundar-se nas leis da física e da eletrônica. Parcializou assim seu desenvolvimento.

Adormeceu o espírito para construir, na matéria, e chegou ao ponto de confundir-se com seu material denso de experiências limitadas. Identificou-se apenas com sua carne e sangue, sua mente e sua sensibilidade.

Cumpriu sua missão no processo material e agora, espantado de não ser o bastante, volta-se para dentro de si mesmo; por onde deveria ter começado. Na configuração universal o homem encontrou-se vazio no meio de suas técnicas, suas máquinas, seu progresso intelectual.

A humanidade sente, mais aguda do que nunca, a nostalgia de sua origem, a saudade da casa do pai, do lar e até do regresso. Tão grande se fez seu desespero que o homem se droga, se degrada e se atordoa em barulhos infernais ou prazeres passageiros, e em alegrias efêmeras.

E a Lei que tudo compensa paga-lhe os danos que causa a si e aos outros, com aguda insatisfação, com insuportável sofrimento, até que a harmonia se restabeleça através de alguns dos caminhos superiores.

Entre dor e sofrimento a maioria vai percebendo que é preciso evoluir, sacrificar-se talvez, descondicionar-se dos caminhos alheios e corrigir os próprios passos. Cada emanação de vida representa uma forma diferente de realização, mostra uma maneira nova de ampliar a vida una, traz uma lição diversa.

“Vós conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertarás”, disse o Mestre; pois fora da Verdade não pode haver real libertação e dentro dela nunca houve limites, normas ou preconceitos intransponíveis.

É preciso coragem e decisão para estabelecer, em si mesmo, uma estrutura nova e superior. Não se pode chegar à Paz Interna sem a guerra com os valores externos que se querem impor e que podem trazer sedução fácil e errônea.

É preciso paciência e quietude interna para se tornar impessoal e universal segundo os planos do Amor Maior.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Onipresença

Tomemos com carinho, a palavra Onipresença. Vamos tentar fazer com que ela seja mais que uma palavra escrita ou oral; vamos dar-lhe vida própria. Sentir seu ritmo, sua expressão direta.

Podemos começar tocando-a, em sua dimensão mais densa e estendendo-a até o limite de nossa compreensão humana. Para isso é preciso usar nossa sensibilidade mais profunda, nossa mais apurada investigação, nosso querer mais vigoroso. É preciso concentrarmo-nos e abrirmo-nos à sua realidade.

Envolvendo-nos na Onipresença, vamos tentar dividi-la, dissecá-la, tomá-la como alimento, bebê-la como filtro mágico para que ela seja abordada em todos os seus sentidos mais sutis. Vamos tentar crescer, dentro dela, deixando que se infiltre em nós por todos os poros. É necessário usar todos os sentidos para tocá-la.

Só assim chegamos ao portal de seus mistérios, às suas vivências mais íntimas. Sugando-lhe a seiva, aspirando-lhe o hálito forte, entramos em comunicação com ela e podemos nos deixar comandar pela realidade de sua presença. Tentemos, juntos, encontrar sua chave de realização e penetrar seu mais caro segredo. Vamos convidar, suplicar, convencê-la a se revelar a nós. Todas as técnicas serão válidas nesse esforço.

- E por que tudo isso, poderão indagar os curiosos.

Simplesmente, porque nela está a vida, o poder, a libertação. Nela o jogo se acaba, a verdade brilha plenificando o ser humano.

A Onipresença quando é pressentida torna-se garantia de paz e integração humana; tudo mais se faz supérfluo. Nela está a explicação, o prêmio, a revelação. Nela pode-se mergulhar e esquecer todas as coisas, pois ela é a certeza de que sempre somos e seremos, e de que tudo está em seu devido lugar na hora certa.

Habilitar-se a expressar, em grau maior, a Onipresença é tarefa para Mestres e gigantes espirituais. Entretanto, pode-se sempre tentar o grau inicial de sua comunicação, a faixa primária de seu esplendor já divisada. A palavra é simplesmente o símbolo da idéia e sua investigação correta leva-nos ao seu significado em novas dimensões.

Por vezes a mente pára e se indaga como chegam a ela os momentos de interna comunhão com as belezas emanadas do todo universal. Por vezes a mente se espanta com seu elevar-se e cair repetido, com seu iluminar-se e apagar-se sucessivos, com a total capacidade de comunicar-se e seu bloquear-se repentino.

São gotas da Onipresença que vêm e se extinguem. A mente se faz misteriosa ante suas próprias criações e sua possibilidade incrível de perceber o Criador e a Criação, distinguindo, a realidade do sonho, a paz da inércia.

A semente do espírito espera em nós a época própria de germinar, de anular-se para que a Árvore da Vida surja, floresça e frutifique. Então os dedos purificados manejam as correntes da Onipresença na grande dança universal dos mundos interligados.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Junto ao Lotus

A música suave pode prenunciar o campo próprio do amoroso encontro, onde tudo se faz centro vivo das origens de cada um.
Harmoniosamente, como flor, o mundo germina sua grandeza nessa noite que precede o ainda indecifrável amanhecer. Sintoniza-te com este ritmo para que cresças também. No compassado e vagaroso desabrochar há toda a história da plenitude universal. O abrir da planta nova transcende luz como destino próprio.
Agora que o tempo é propício e nossa doação está amadurecida, junto ao Lotus que se abre, vemos que as palavras são restritas e o dia está sob o controle dinâmico da próxima alvorada. O canto de louvor é nossa mais pálida homenagem no caminho desobstruído e já assinalado.
Vamos, então, construir um mundo novo com aquelas horas antigas, que facilmente poderão ser recriadas, tal a plenitude que guardam. Vamos doar, aqui, nosso velho amor.
A noite de ternura será o marco inicial dessa distribuição aos carentes do amor. Agora, cada palavra vai se transformar em poema e cada carinho será leve companheiro. Aquelas nossas rosas vão adornar mil portas silenciosas e esquecidas.
Nos passos que nos chegam, marcaremos todos os encontros que ficaram apagados e ausentes, na penumbra do passado incompleto.
Nossa vivência de amor ganha, hoje, nova dimensão, pois está sendo livremente repartida à mil necessitados para ser mil vezes revivida. Tão crescidos já estão nossos testemunhos de presença e de doçura que poderemos ser pródigos em distribuí-las.
Tão fiéis foram nossas palavras e promessas que doaremos ao mundo, intacto ainda, todo um canto de vida; como se dele pudessem frutificar outros cantos semelhantes e outras plenitudes iluminadas.
Vamos sentar-nos, amorosamente, à beira do lago quieto e aguardar os pedintes. Nossos jardins transbordam e, por mais que distribuamos este amor, sempre sobrará ternura na hora azul da entrega.
Ajuda-me com tuas mãos a presentear tantas ofertas.
- Que destino mais belo poderíamos ter dado ao nosso velho e incomensurável amor?
Ante o amadurecimento de nossa resolução, um Lotus branco se abrirá porque o tempo é de belezas insuperáveis.
- Que destino mais suave poderíamos encontrar para o nosso doce e contagiante amor?

sábado, 11 de fevereiro de 2012

União

Apanho a amplidão em minhas frágeis mãos. – Assim como um garoto a domar um leão.

E a olho de perto, no rosto aberto. Sem medo de vertigem, busco o ponto de origem para toda a solução.

E, com o infinito na mão, assombra-me ver que tudo é união, de irmão para irmão; e o mais, é prestidigitação.

Nascemos hoje de todas as eras, para todo o infinito. E, já é difícil contermo-nos em nossos estreitos limites.

Estamos voltados, agora, para a grande aurora, marco de paz que vestirá a Terra.

O mundo mata-se em redenção para a mais antiga das plenitudes. Por isso estamos hoje, como crianças que despertam e se amam, mas ainda não se entendem.

Estamos nascendo, hoje, para a grande aurora e nada deve assustar-nos. Cantemos o amanhecer e apontemos o caminho iluminado já divisado.

Partiremos – unidos ou distanciados – assim como quem tem caminhos muito iguais.

Mesmo que se separem, pelo mundo, nossas linhas mais essenciais.

Marcharemos ao compasso uníssono do por que e da resposta.

Mesmo sós, seremos todo um ser igual que anseia e sofre pela Luz final.
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CONTATOS

MEDICINA MINEIRA – A Academia Mineira de Medicina convida para uma Reunião Científica a ser realizada em sua sede, no dia 14 de fevereiro às 20 h, à Avenida João Pinheiro, 161 – BH-MG.

Estará em pauta a palestra do Dr. Angelo Laborne Tavares sobre um comentário do Professor Hilton Rocha e seu primeiro Mestre Casimiro Laborne Tavares. Será no auditório Borges da Costa, 2º. Andar.

MEDITAÇÃO – Estamos percebendo, a cada dia, um maior número de grupos cristãos e não-cristãos, orientais e ocidentais, informando sobre a importância da meditação.

Estivemos relendo agora o excelente livro de Paul Brunton, “Meditações para Pessoas em Crise”, editora Pensamento. São orientações práticas para: onde se voltar; como enfrentar a crise; como ajudar e como ficar mais preparado.

APOSENTADOS – foi comemorado dia 24 de janeiro o dia do aposentado. Enquanto a ciência prolonga, cada vez mais, a possibilidade de vida longa da humanidade, o INSS procura diminuir também, cada vez mais, a possibilidade de sua sobrevivência com dignidade.

A Presidente Dilma, tão dinâmica em sua gestão, precisa disponibilizar num Programa de Governo verba para a construção, em todos os estados, de asilos para aposentados do INSS.

A mídia tem informado que estão abertas vagas para concurso no INSS e, já há 603 candidatos para cada vaga. Trabalhar lá deve ser muito bom.