domingo, 28 de outubro de 2012

Alargando fronteiras



Vamos hoje, alargar juntos, o teto baixo de nossa consciência. Vamos dilatar fronteiras e ampliar horizontes. Vamos perder o pé sobre as coisas da Terra e ousar subir além de nossos edifícios e torres mais altas. É pouco ainda, vamos nos elevar mais, deixar para trás o cume das montanhas, o voo das águias, e os aviões supersônicos.
É preciso não perder o fôlego e subir mais, muito mais. Já estamos cruzando com as cabines espaciais dos astronautas intrépidos, já chegamos à lua e ainda sentimos que devemos prosseguir. 
O imponderável nos envolve e alguns já se assustam. Mas se alguém quer crescer, expandir-se está convidado a subir além de Vênus e Saturno, estes são apenas marcos no caminho, a nebulosidade de Netuno é transposta. Agora é preciso transcender e se não houve preparo anterior, ou proteção especial não se consegue ultrapassar as barreiras magnéticas e etéricas que envolvem os grandes pontos de iluminação, os focos da sabedoria. São redes sutis impossíveis de se transpor, tal a alta turbulência da vibração.
Os centros de energia e força se sucedem, a natureza e sua gravidade, a força da mente, o mistério do cosmo no desdobramento de seus planos infinitos se impõem a todos nós. Quanto mais elevado o centro mais difícil atingi-lo.
Quando se pensa chegar à última barreira acessível, sabe-se logo que muitas outras se apresentam em plena luz. Aí estão as chuvas de luzes branquíssimas que poucos olhos humanos podem contemplar, mas que generosamente se dividem em sete cores básicas para que cada um tome sua dose de luminosidade sem se desintegrar.
O tempo da harmonia é privilégio que não deve passar despercebido para que se chegue à Fonte Única. É preciso harmonizar-se, no tempo e no espaço, na forma e na cor, no ritmo e na vibração interna que nos dá a chave da ascensão critica.     
A transformação do homem se define sempre por um maior equilíbrio de seu corpo e mente, suas ideias e atos. A cada dia o canto da vida nos adverte, nos sacode, nos chama para o alvorecer da alma. De todos os lados nos chegam as mensagens da Vida. Na pedra que rola, na planta que cresce, no pássaro que canta, no céu que se colore.
E mesmo, para os extremamente adormecidos, o clarim do despertar cumprirá sua missão, modificará o sono, facilitará a hora de acordar. Então a subida ao Infinito será a morte e o renascimento natural de cada dia, porque é morrendo nos sentidos densos que renascemos nos planos eternos.

domingo, 21 de outubro de 2012

O Mundo Dele

Você já tentou criar primavera em início de outono? Fazer malabarismos com cores muito novas dentro de uma noite escura? – Ele já fez isso.

Você sabe importar estrelas para a sua ceia e transcender à lógica para deixar os momentos estacionarem, impressionados com o lúdico despertar de palavras coreográficas? – Ele o sabe. E, fazer-se de médico e monstro, indiferentemente, como profissão que se dosa e se domina partindo para o mais límpido ou equilibrando-se sobre o princípio do abismo? – Ele o faz.

Você sabe repartir certezas, encontrar respostas, solucionar dúvidas vagas e temores? Você brinca vinte vezes com os brinquedos mais sérios e os mais simples? Ou desdobra-se em música e recolhe-se em ironias, alonga-se em brisa e retém-se em terra-a-terra com uma elasticidade jovem de pássaro transtornado pelo sem-limite do infinito? – Ele o sabe.

E é por isso que a cada hora brinca-se diferente com ele e joga-se terna ou infantilmente como se tudo dependesse da presença de uma noite tranquila e misteriosa no seu íntimo diálogo com as estrelas desconfiadíssimas de seu próprio brilho. Você sabe sorrir a cada quarto de hora, espontaneamente, e esquecer logo que o depois é vago, distante e completamente perdido?

Se não sabe, você poderá aprender com ele que é professor do mundo – de um mundo “pop”, talvez. Ele é o mago que mora em mim e que por vezes me domina.

A CONQUISTA DA CORAGEM


Recentemente, como faço muitas vezes, ouvi o programa matinal de José Lino (na Rádio Itatiaia) e ele o iniciava tendo como tema – falando sobre Napoleão, e seus métodos de conquista extraordinários.

Foi o bastante para que eu que fazia apenas uma pequena caminhada, ouvindo-o, pulasse para o meu passado.

Por volta dos 14 anos quando começamos a ler vários livros encontrei, li e reli, a biografia de Napoleão Bonaparte; sua coragem, disciplina e conquistas que me empolgaram para sempre. Ele não só conquistava países mas ia à frente das tropas expondo-se a perigos e encorajando os mais fracos. O que fazia, não era pura ambição.

Mais tarde lendo sobre filosofia e espiritualidade do Oriente li sobre a vida de Vivekananda, principal discípulo de Sri Ramakrishna considerado santo pela yoga da Índia.

Interessei-me pelos seus métodos e ensinamentos e pelo sucesso que ele fez num congresso sobre religiões realizada nos Estados Unidos.

Pois não é que lendo sobre sua vida encontrei a grande admiração que ele tinha por Napoleão?

Foram, sem dúvida, energias que depois de Cristo nos fortaleceram quando queríamos desanimar ou parar os estudos.

José Lino escolheu bem o tema naquela manhã: Napoleão é mais do que um conquistador ambicioso; é força, coragem e disciplina crescentes.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Caminhos de Vida



A vida se move sempre em direção à Vida, ou à expansão da consciência. Por isso busca equilíbrio e harmonia, que trabalham para curar, crescer e aperfeiçoar o todo. E isto se realiza sempre que o ser procura a experiência da presença de Deus, no dia a dia.
Na sintonia constante, com a presença de Deus, é que se pode obter o melhor resultado no convívio com a família, a profissão e a sociedade. Entra-se assim em comunhão com a essência da Vida sempre que se consegue sentir o seu fluir em cada um e sua unidade entre os seres e a natureza.
Um estado mental sereno nos permite atingir as profundidades de Deus e sua expressão através da humanidade em ação, e da Vida no universo.
O poder de Deus está manifestado em suas obras, na perfeição das leis que as regem, e na capacidade restauradora de todas as imperfeições e carências humanas ou da natureza terrestre.
Se nossa mente está calma e repleta do amor de Deus, o resultado será a expressão externa do equilíbrio, da paz e da saúde. Pois o exterior vai manifestando o interior. Expressa fé, confiança e tranquilidade, ou conflito, medo, desordem ou até o caos. Nada, entretanto, que não possa ser restaurado e iluminado pelo contato profundo com Deus.
Tudo o que ganhamos ou perdemos tem raiz interna, na mente ou no coração. A evolução do corpo humano,  da capacidade mental e psíquica, através dos séculos, são frutos da irradiação de Deus em nossos veículos mais ou menos densos e disciplinados, muito mais do que do estudo, ciência ou cultura externa.
A luz deverá penetrar cada vez mais a matéria para que a paz e a sabedoria reinem no mundo e o lobo se deite ao lado do cordeiro.
Renovamos o corpo quando renovamos a mente e deixamos a luz fluir no coração. Pois o amor ensina-nos a perdoar, primeiro a nós mesmos e, em seguida, a todos que entram em contato conosco. Se deixarmos o mundo de superfície, onde estão os maiores atritos, e mergulharmos na abundância do amor de Deus, estaremos transformados e serenos, úteis a toda coletividade.
Quem se habitua a ler os salmos pode retirar deles sabedoria e confiança para todas as situações da Vida. Pois, se o Senhor é o Pastor, nada nos pode faltar.

CONTATOS

INCONFIDÊNCIA – Está em circulação mais um Boletim “Isto é Inconfidência”, um informativo interessante do Museu da Inconfidência, de Ouro Preto. Este número traz importante estímulo à leitura de todas as pessoas.
ENTREVISTA – Voltava de uma caminhada quando ouvi, no início do mês de setembro,  parte de uma interessante entrevista de José Lino, na Rádio Itatiaia, com o Professor da UFMG Juarez Dayrell. Ele dizia ao Lino seu ponto de vista sobre a necessidade de abertura para os alunos atuais em diversas matérias. Ele estava voltando de um “Sarau”, sim sarau moderno de jovens. Um levantava e dizia uma poesia, outro lia um texto interessante de sua autoria, e todos aplaudiam mostrando o interesse deles pelo Sarau. O professor falava da importância de ampliar a formação dos jovens modernos e não apenas dar-lhes um diploma. Literatura, arte, poesia, criatividade, etc. são hoje necessárias e os jovens apreciam-nas. Nós concordamos que a matemática, a física, a química, o português etc. são básicos, mas vão hoje além de suas bases. As energias extrapolam o denso e sutil e chegam ao quântico, ligando-se ao etérico e mediúnico. A medicina alia-se à força do pensamento, da palavra e dos hábitos e parte até para o plenamente espiritual. A astrologia não vê só astros onde mede suas distâncias, mas sonda a possibilidade de consciências mais ou menos puras em determinados espaços cósmicos. Estudo após vida física e o nascimento de estrelas, planetas e galáxias. Cada ser humano tem seu desdobramento e deve reconhecê-lo.
ARQUITETURA MODERNA  - As primeiras edificações, geralmente modernas, que surgiram em Belo Horizonte foram: o Cinema Brasil, A Capela do Colégio Santa Maria, o Hospital São Lucas e o Primeiro “Arranha Céu” da cidade foi o Edifício IBATÉ, na rua São Paulo. Todos eles foram projetados pelo arquiteto Ângelo Murgel, formado pela Escola do Rio de Janeiro, unida no passado à Escola de Belas Artes. O Cine Brasil tem sido muito mencionado pela imprensa porém nunca foi revelado o seu projeto.
O EDIFÍCIO - Por falar em Belo Horizonte antiga lembrei-me do “Edifício” revistinha que surgiu no final da década de 40, quando foram lançados nela os literatos iniciantes de BH e também os iniciantes artistas da Escola Guignard, que a ela se juntaram formando um animado grupo. Assim agora é com tristeza que vemos como vai indo embora o primitivo Edifício que acolheu grandes nomes do grupo daquela década.          Partiram: Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Rui Mourão, Fábio Lucas, Affonso Ávila, Bartolomeu Queiroz, Autran Dourado, o psicólogo Nava, muito amigo da artista Arlinda Correa, Mary Vieira que fez sucesso na Europa com seus Polivolumes e muitos outros que se foram em silêncio e que deixou os remanescentes da Guignard e da revista Edifício muito desfalcados.
CADA UM NO SEU QUADRADO - A primeira turma de Hata Yoga aberta em Belo Horizonte foi a do Professor George Krytikos. Fomos uma de suas alunas e como tínhamos no jornal Diário de Minas uma coluna, pedimos a ele que, uma vez por semana, escrevesse pequeno texto sobre os benefícios da Yoga, o que ele fez sempre muito bem. Em seguida, frequentei as aulas do Professor Tompa e sua esposa. Na mesma época chegou em BH a Professora Maria José Marinho abrindo seu curso que até hoje é muito procurado. Naquela época veio do Rio de Janeiro o Professor e Escritor Hermógenes que fez aqui duas belas conferências sobre Yoga. Todos eles falavam a Yoga. Nós fomos a primeira jornalista em BH a difundir o tema e os cursos aqui abertos. Atualmente, temos ouvido alunos e professores sofisticando o termo Yoga e ensinando a dizer ô Yôga. Achamos que cada um deve pronunciar como mais gosta ou como aprendeu. Li também livros sobre a vida de muitos mestres indianos falando sobre Yoga, sempre encontrei a Yoga mas, acho que cada um deve ficar no seu quadrado.
COISAS DA PRIMAVERA - A primavera chegou e os pássaros cobram seus espaços na mídia. Entre os acontecimentos da estação sobre primavera primeiro foi Marina Colassanti contando-nos sobre o casal de bem-te-vis que escolheu a jardineira do 16º andar de seu apartamento para procriar e cantar. Ninhos, filhotes e o casal alegram suas manhãs. Agora Alcione Araújo nos conta a descoberta em Minas Gerais, na Serra do Espinhaço, de uma espécie nova e invulgar de pássaros, só agora conhecidos. Eles só existem em terras ou serras mineiras, e ainda sem “nome oficial”, Alcione sugere chamá-los de pássaros “UAI’. Uma bela e adequada sugestão para uma rara ave de nosso Estado. Aprovamos a ideia.